quinta-feira, agosto 27, 2009

SARNEY acena p/ o Senado com o "cartão da PAZ"

Durante a sessão deliberativa desta quarta-feira (26), o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) questionou o presidente do Senado, José Sarney, sobre o teor da entrevista exclusiva concedida por ele nesta semana ao canal GloboNews. Na interpretação de Sérgio Guerra, a entrevista dá a entender que Sarney culpava a oposição - em especial o PSDB - pela "luta política" que gerou tantos impasses nos últimos meses no Senado.

- O PSDB não tem nada com isso, não radicalizou sua posição e defendeu sempre uma atitude de respeito com todos. Em nenhum momento nós fomos o partido, como vossa excelência afirmou, que produziu essa crise - disse Sérgio Guerra a Sarney, que presidia a sessão.

Sérgio Guerra argumentou que o PSDB jamais presidiu ou administrou o Senado. Disse ainda que as acusações e críticas à atual gestão do Senado foram levantadas pela imprensa, e não pelos tucanos.

- E não foi o PSDB o primeiro partido a solicitar o afastamento do senador José Sarney. Partidos, aliados dele, o fizeram antes, a exemplo do PT que, por uma ou outra razão, seguramente o líder Mercadante é capaz de informar, mudou de opinião - disse o senador.

Sérgio Guerra disse ainda que o PSDB "jamais conspirou contra o mandato" de Sarney e sempre defendeu "o direito ao contraditório", sem prejulgamentos. Acrescentou que a posição do PSDB é de solicitar sempre o esclarecimento de denúncias feitas.

- O PSDB não levantou crise e reconhece que a crise não tem começo, meio e fim no presidente José Sarney, mas entende que o Senado está em estado de crise. É inconcebível que um Senado, em uma democracia, viva momentos como o que vive o Senado brasileiro, tendo sobre ele o julgamento que a opinião pública tem - disse Sérgio Guerra.

Para o senador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "é o principal autor da crise que hoje se desenvolve aqui".

Em resposta, o presidente José Sarney pediu desculpas pelo mal-entendido.

- O PSDB não teve nenhuma responsabilidade na origem dessa crise. Se naquela hora fui induzido pelo repórter a dizer isso, eu peço desculpas - afirmou Sarney.

Logo depois, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) corroborou as palavras do colega Sérgio Guerra e disse que as denúncias contra Sarney "vieram de fora para dentro". Sarney aquiesceu e acrescentou:

- O meu cartão é o cartão branco: o cartão da paz - disse o presidente.

Da Redação / Agência Senado
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