A revolução FEMINISTA : UM TIRO PELA CULATRA ?
Prof.Dr. José Maria Nascimento Pereira
A pílula "anticoncepcional", surgida na década de 70 do século XX, foi lançada pela medicina como terapia de certas irregularidades do ciclo menstrual.Inicialmente recebeu a designação de pílula ANOVULATÓRIA. Poor sua ação reguladora da ovulação, foi ,aos poucos recomendada como um medicamento útil no controle da natalidade e de planjamento familiar.No entanto trouxe para as mulheres, um ruidoso sentimento de liberdade sexual .Em virtude disso as feministas passaram a se considerar e a se exibir, como pessoas possuidoras dos mesmos priivilégios sexuais que os homens detinham.Tendo, as mulheres, vivido durante muitos milênios, com enorme frustração, "a pílula" surgia como o instrumento de total libertação do domínio machista ! Mas as feministas exageraram na "dose",desenvolvendo um discurso triunfalista, entrando "de cabeça", numa sexualidade compensatória, desproposital e desproporcional! É bem verdade que as mulheres carregavam consigo um gigantesco sentimento de inveja e de ressentimento, por se julgarem vítimas de um jugo secular machista, descriminatório injusto e vergonhoso ! Em tais circunstâncias tornou-se possível compreender as razões porque as feministas passaram a demonstrar, uma sexualidade que elas próprias desconheciam. E havendo partido com "tanta sêde ao pote", assustaram o universo masculino que se sentiu irremediavelmente acuado . É compreensível que os machistas, surpreendidos e perplexos, desenvolvessem vários mecanismos de "resistência.Se de um lado as feministas caminhavam na direção de uma conquista extremamente significativa, do outro lado os machistas resisitiam em abrir mão dos seus "privilégios" sexuais. Na verdade, numerosas mulheres passaram a desfrutar, no plano pessoal, de um generalizado e fortíssimo sentimento de emancipação, decidindo viver sua própria sexualidade! Tal avanço da sexualidade feminina, cobiçada há séculos, adquiriu, rapidamente,como um rastilho de pólvora, uma feição de movimento universal revolucionária e ufanista, propalando-se de maneira ostensiva, nestes últimos trinta anos pelos quatro cantos do planeta ! Após três décadas, o panorama da sexualidade humana se delineia como insatisfatório ,talvez frustante, para homens e mulheres.O que se observa no presente é um inequívoco distanciamento entre homens e mulheres!o De um lado o exército feminista desfraldando a bandeira de conquistas libertárias; na trincheira oposta, com suas armas engatilhadas, a tropa machista tenta oferecer algum tipo de resistência. Olhando esse quadro já houve o "cessar fôgo". Resta esperar por um milagre pacifista !
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